74-ODE À DOR
A dor adora nos contradizer
Roubar-nos o prazer mais simples
A cintilar desacentua qualquer façanha
Mas, remete à coerência do defeito
Lembra-nos a nossa efemeridade
Simples feras do caos que se acham o centro
Dos versos torpes de um deus pagão
Ungido no universo da ilusão mais harmônica
Com efemérides supostamente precisas
Mas, quando a catarse alitera
Uma crase de cratera reverbera no ar
Oxida pra além do câncer
Cada ser vivo também é um mero radical livre
Livro genético de acaso e pressão
Ateu Poeta
04/08/2013
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