terça-feira, 24 de setembro de 2019

74-ODE À DOR

74-ODE À DOR

A dor adora nos contradizer

Roubar-nos o prazer mais simples

A cintilar desacentua qualquer façanha

Mas, remete à coerência do defeito


Lembra-nos a nossa efemeridade

Simples feras do caos que se acham o centro

Dos versos torpes de um deus pagão

Ungido no universo da ilusão mais harmônica

Com efemérides supostamente precisas

Mas, quando a catarse alitera

Uma crase de cratera reverbera no ar

Oxida pra além do câncer


Cada ser vivo também é um mero radical livre

Livro genético de acaso e pressão


Ateu Poeta
04/08/2013

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