quarta-feira, 25 de setembro de 2019

145-NARCISO

145-NARCISO

Narciso morreu no rio
Como Ícaro ao sol
Em voo destemido 
Frenesi garrido 

O impulso é instinto sem amparo
Arrebol pelo qual
O homem é consumido 
A verdadeira tragédia

Não é adorar a si
Mas a comédia de não saber nadar
Afogar-se à margem da miragem
Para cada crista criou-se um deus

A sarcástica cripta 
À mitra da própria imagem

Ateu Poeta
10/12/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário