145-NARCISO
Narciso morreu no rio
Como Ícaro ao sol
Em voo destemido
Frenesi garrido
O impulso é instinto sem amparo
Arrebol pelo qual
O homem é consumido
A verdadeira tragédia
Não é adorar a si
Mas a comédia de não saber nadar
Afogar-se à margem da miragem
Para cada crista criou-se um deus
A sarcástica cripta
À mitra da própria imagem
Ateu Poeta
10/12/2013
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