quarta-feira, 25 de setembro de 2019

127-EN PASSANT

127-EN PASSANT

Morte é a sorte tomada de volta
Da matéria que por acaso viveu
Ocaso que me virá de en passant
Escuridão que se propaga

Todo radical livre terá sua liberdade usurpada
Arroba rubra de violinos e moinhos
Ninhos do universo em poesia cantada
Versos filarmônicos de Arthur e Chopin

Vivaldi do amanhã que floresce em disparada
Quando uma flor fenece outra brota
Da Varjota à Gávea
Da Gálea à Zâmbia

O ciclo recomeça
Cria-se nova revoada

Ateu Poeta
31/10/2013

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