66-VERSOS FEROZES
Se foram para sempre as formigas de asas
Mas no senso empluma a loucura de voar
Hermético Ícaro ibarium na espuma
A maçã de Idun abrasa na tez
Poesia é palavra que abraça de vez
Musa nua em aquarela
Com rosa de silício no olhar em tarantela
Regaço que incendeia o mar
Proclama tempestades ao luar
Apaga o sol e as sinapses atrozes
Faz-me ouvir vozes algozes ao meio-dia
Guria da boca de carmim que congela meu coração
E num beijo febril me faz renascer
Para o amanhecer de versos ferozes
Ateu Poeta
16/06/2013
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